R E F L I T A:


Mande suas críticas e sugestões: sbritom@hotmail.com


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Vejam o caso de indisciplina escolar ocorrido em uma escola de Maringá

Relato do professor Valdecir Barboza

Sou físico, professor e vice-diretor de um colégio estadual de Maringá. Estou eu dando aula para uma turma de segundo ano. Era 21/6/11 e, talvez. "pela entrada do inverno", resolveu também ir à aula uma daquelas "alunas turistas", que aparecem vez por outra "para fazer um social". Para rever os conhecidos. Por três vezes tive que pedir licença à mocinha para poder explicar o conteúdo que abordávamos. Parece que estão fazendo um favor em nos permitir um espaço de fala. Eis que após insistentes pedidos, estando eu no meio de uma explicação que necessitava de bastante atenção de todos, toca o celular da aluna, interrompendo todo um processo de desenvolvimento e uma idéia e prejudicando o andamento da aula. mudei o tom do pedido e aconselhei aquela menina que, se o objetivo dela não era o de estudar, então que procurasse outro local, que fizesse um curso à distância ou coisa do gênero, pois ali naquela sala estavam pessoas que queriam aprender e que o colégio era um local aonde se vai para estudar. Então, a "estudante" quis argumentar, quando falei que não discutiria mais com ela. Neste momento tocou o sinal e fui para a troca de turma. A menina resolveu ir embora e desceu as escadas chorando por ter sido repreendida na frente de colegas. De casa sua mãe ligou para a a escola e falou com o vice-diretor da noite, relatando que tinha conhecidos influentes em Porto Alegre e que aquilo não iria ficar assim. Em nenhum momento procurou escutar a minha versão nem mesmo para dizer, se fosse o caso, que minha postura teria sido errada. Tampouco procurou a diretoria da escola. Qual passo dado pela mãe? Polícia Civi!... Isso mesmo!... Tive que comparecer no dia 13/7/11 na delegacia de polícia, para prestar esclarecimentos por ter constrangido("?") uma adolescente de 17 anos, que muito pouco frequenta as aulas e quando o faz é para importunar seus colegas e professores. A que ponto que chegamos? Isso é um desabafo!...
 Fonte: Cópia retirada na íntegra do jornal "O Diário" - 05/02/2012 p. A2

Reflexões
Que inquietações esta ocorrência provoca nos pais e mães de alunos, colegas de magistério, docentes ou gestores?

Quais lições as famílias e a escola podem extrair desta ocorrência?

Que medidas educativas podem ser tomadas nos lares e na escola após as ocorrências de indisciplina de seus alunos?

Que trabalho preventivo pode ser desenvolvido em sala de aulas e nas instituições de ensino, envolvendo as famílias dos educandos e a comunidade, com a finalidade de: valorizar a apropriação do conhecimento; o papel da escola; reconhecer os educadores como sendo um dos aliados mais próximos, e que muito podem contribuir para a formação de valores éticos nas crianças e adolescentes deste país?

Qual a responsabilidade e o papel da imprensa diante da divulgação deste fato?

Se a imprensa publica apenas uma visão de um ocorrido, certamente deixará de cumprir principalmente, sua função social.

Como a imprensa poderia também explorar este fato, com a intenção de mostrar à sociedade o seu papel social?
 
NOTA: Nos próximos dias estaremos publicando algo mais relacionado a esta discussão. Também sou professora. Exerci a função de Orientadora Educacional em uma escola pública de Maringá durante 23 anos. O problema da indisciplina na escola é seríssimo. Compromete além da aprendizagem dos alunos, a segurança de toda a comunidade escolar.

Maria Simões de Brito 

4 comentários:

  1. Pais,mães e colegas de magistério estão convidados a postarem aqui seus comentários sobre o assunto. Todos serão benvindos.

    ResponderExcluir
  2. Olá Maria! Vim conhecer seu blog. Muito interessante! Voltarei muitas vezes para ler seus textos e tirar proveito. Já estou te seguindo e levando seu link.Fica com Deus. Beijos...

    ResponderExcluir
  3. Fico indignada com o fato dos próprios pais estarem desautorizando os professores diante de seus filhos. Esses pais não sabem o futuro que lhes espera, tanto para eles próprios, quanto para sua prole.
    Beijos, Samantha
    http://cbnacelulas.blogspot.com

    ResponderExcluir
  4. Samantha, a mãe da aluna em questão além de agir errado, não tem consciência do direito do professor exercer sua função e dos demais alunos em aprender. Aliás esse problema de celular na sala de aula é um problema de falta de ética que nos encomoda inclusive em outros nomentos e espaços da escola.
    Obrigada pelo comentário!

    ResponderExcluir