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domingo, 31 de julho de 2011

Tablets substiturão livros didáticos

A substituição dos livros didáticos pelos tablets na rede pública de ensino será lenta no Brasil. O MEC planeja a inclusão de “objetos digitais” no PNLD (Programa Nacional do Livro Didático) só em 2014. Como na rede privada o processo avança bem rápido doze empresas já manifestaram, até agora, interesse em produzir tablets no Brasil. Os tablets trazem a vantagem da redução do peso transportado pelos estudantes e a promessa de interatividade. Porém, no Brasil, os educadores ainda não estão preparados para usar essa tecnologia de modo a não perder o foco no conteúdo, que, de fato, é o que mais importa.

Letra cursiva começa a desaparecer nos Estados Unidos

O ensino da letra de mão será opcional em Indiana e deverá ser banido definitivamente nos próximos anos. A decisão deve ser seguida por mais de 40 Estados americanos que também consideram esta forma de escrever como ultrapassada. Na avaliação deles, é mais importante se concentrar no aprendizado das letras de forma.

O argumento dos defensores desta lei, que provocou polêmica nos Estados Unidos nas últimas semanas, é de que hoje as crianças praticamente não necessitam mais escrever as letras com caneta ou lápis no papel. Seria mais importante elas aprenderem a digitar mais rapidamente, já que quase toda a comunicação se dá através de letras de fôrma nos celulares e nos computadores.
“As escolas devem decidir se pretendem ensinar letra cursiva (de mão), mas recomendamos que deixem de ensinar e se foquem em áreas mais importantes. Também seria desnecessário encomendar apostilas que ensinem letras cursiva”, diz um memorando do Departamento de Educação de Indiana.
A Carolina do Norte também já anunciou que deve adotará medida similar, segundo suas autoridades educacionais. A Geórgia é outro Estado recomenda o fim do ensino, segundo seu porta-voz Matt Cardoza, apesar de “aceitar que os alunos aprendam a letra de mão caso os professores considerem necessário”.
Estes Estados, assim como outros 40, integram o Common Core Stated Standards Initiativa (Iniciativa para um Padrão Comum de Currículo), responsável por tentar padronizar o ensino básico nos Estados Unidos e defensora do fim do ensino da letra cursiva.
Jody Pfister, diretor de um distrito escolar em Indiana, escreveu em um jornal local defendendo as mudanças. “Se olharmos antigos documentos ou se vermos a escrita de mão dos tempos da guerra civil, eles eram verdadeiros trabalhos artísticos e certamente perderemos parte disso. Mas temos que levar em conta o progresso”, escreveu.
Os opositores, além de levar em conta a tradição, dizem que a letra representa em parte a personalidade das pessoas, especialmente nas assinaturas, e também permitem que sejam lidos documentos históricos, como a declaração de independência dos Estados Unidos. Um encontro da  Master Penmen – Associação Internacional dos Instrutores de Letra de Mão se ecnecerraria ontem no Arizona com um repúdio à decisão em Indiana. Eles contam também um apoio indireto do presidente Barack Obama, que tem o costume de escrever cartas de próprio punho para algumas pessoas, inclusive para agradecer eleitores.
Porém os alunos de Indiana não serão o únicos a aprenderem a escrever em apenas em letra de fôrma.  Em países que não adotam a escrita latina, especialmente na Ásia, os estudantes não costumam aprender a letra de mão quando estudam inglês, francês e outras línguas ocidentais. Assim, japoneses e chineses muitas vezes são capazes apenas de ler o que está escrito em letras de fôrma.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Meu filho, você não merece nada

A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada

Por ELIANE BRUM
E-mail: elianebrum@uol.com.br

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

domingo, 17 de julho de 2011

Vídeo didático em animação 3D que esclarece todos os pontos sobre o Diabetes

Para pais e educadores, constitui um apropriado e bem elaborado projeto educativo. Considerando que o Diabetes está em vias de se tornar uma das mais importantes pautas na já extensa cadeia de problemas sociais, cabe ao educador saber como agir, até como forma de orientar adequadamente seus educandos desde cedo. É oportuno que aluno e educador conheçam de perto a coisa, até como um eficaz modo de prevenção, ou mesmo condução para aqueles que já convivem com a patologia.

Um excelente material didático, perfeito para exibição nos círculos de pais e mestres, ou mesmo para ser usado como lastro para debates em qualquer ocasião. Pode ser usado como material básico para trabalhos em equipe, ou para reciclagem ou atualização de grupos multidisciplinares.

Como sugestão, assista uma vez como aperitivo, e depois assista com mais atenção, tomando o cuidado de ir fazendo as anotações que julgar necessário, para exposições em sala de aula, ou com a família.


Fonte:http://sitededicas.uol.com.br/videos_educativos_diabetes.htm

Na posse de Flávio Arns, garantia de equiparação salarial

O Secretário de Educação Flávio Arns assumiu o governo do Estado do Paraná em uma solenidade, no dia 13, no Palácio das Araucárias. O governador Beto Richa afirmou em seu discurso que o governador em exercício Flávio Arns irá encaminhar proposta de lei para atingir a equiparação salarial aos profissionais do magistério. Já empossado, o governador em exercício, Flávio Arns ressaltou que nesses próximos quinze dias realizará junto com a APP-Sindicato os estudos para encaminhar o projeto à Assembléia Legislativa para equiparar os salários dessa categoria aos demais profissionais de nível superior no estado.

O documento, que contempla a Lei do Piso, será encaminhado no início de agosto. Quando aprovada e implantada, a medida representará um reajuste salarial de 25,97% para o magistério. O atual governador também confirmou à direção da APP que o reajuste de 3% será retroativo a julho.

"Este é um compromisso muito importante para nós, que o governador assumiu com a categoria ainda durante a campanha eleitoral e que vamos ajudar a construir", disse a presidenta da APP-Sindicato, Marlei Fernandes Carvalho. "A equiparação representa o fim de uma grande injustiça entre os professores, que têm nível superior, mas sempre receberam menos que os demais servidores de nível superior do Estado", disse.

Um em cada cinco estudantes do ensino fundamental está atrasado na escola

Um em cada cinco estudantes brasileiros do ensino fundamental está atrasado na escola. No ensino médio, pelo menos três em cada dez alunos também estão nessa situação. É o que mostram os dados do Censo Escolar 2010 sobre as taxas de distorção idade-série. O indicador mede a proporção de alunos que não está matriculada na série indicada à faixa etária.

De acordo com a Agência Brasil, pela legislação que organiza a oferta de ensino no país, a criança deve ingressar aos 6 anos no 1.° ano do ensino fundamental e concluir a etapa aos 14. Na faixa etária dos 15 aos 17 anos, o jovem deve estar matriculado no ensino médio. De 2008 a 2010, o percentual de alunos fora da série adequada para a idade registrou leve alta. Em 2008, a taxa era 22,1% no ensino fundamental, passou para 23,3% em 2009 e para 23,6% em 2010. No ensino médio, o percentual era de 33,7% em 2008, foi para 34,4% em 2009 e chegou a 34,5% no ano passado.

Para a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Maria do Pilar Lacerda, essa estagnação é resultado do arrefecimento da política de progressão continuada. Muitas redes de ensino que tinham como orientação a não reprovação dos alunos nos primeiros anos do ensino fundamental mudaram essas diretrizes. “Isso provocou uma manutenção da reprovação, quando ela é grande causa a distorção idade-série. Hoje já se pensa em políticas de correção de fluxo e de aprendizagem sem usar a reprovação, como o reforço escolar”, explica.

Apesar da estabilidade na taxa de distorção da idade-série nos últimos anos, Maria do Pilar destaca que na última década a redução do índice foi maior: entre 2001 e 2011 essa diferença caiu 16 pontos percentuais no ensino médio e 19 pontos percentuais no ensino médio. Ela acredita que a taxa deve continuar a cair e aponta que o patamar adequado seria entre 3% e 4%.

“Por exemplo, um aluno com necessidades especiais às vezes tem uma adaptação escolar mais difícil, principalmente quando vêm de uma escola especial. Ou uma criança que deixou a escola por algum tempo por problemas familiares. Você pode ter algum tipo de distorção idade-série, mas ela teria que ser sempre traço. Nunca poderíamos achar que 10% já é um índice bom”, avalia.

A taxa de distorção idade-série atinge picos no 6.° ano do ensino fundamental, onde 32% dos alunos estão atrasados, e no 1.° ano do ensino médio, quando o problema atinge 37,8% dos jovens. Segundo Pilar, o MEC preparou um material específico para trabalhar com alunos de 15 a17 anos que ainda estão no ensino fundamental. Será uma espécie de “curso” especial em que o conteúdo será ministrado de forma diferenciada, bem como a organização dos alunos. Em 2009, metade dos adolescentes de 15 a 17 anos não frequentava a série adequada para sua faixa etária, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O projeto permitirá que em um ano ele receba o certificado de conclusão e possa seguir para o ensino médio. O material estará disponível no site do MEC e também poderá ser solicitado pelas escolas. Na avaliação da secretária, os adolescentes repetentes que estudam com crianças mais novas acabam com problemas de socialização. “Ele fica convivendo com grupos de idade que não têm muito a ver com ele. E começa a ser visto como o bagunceiro, aquele que é expulso de sala, o mau aluno”, aponta.

Fonte: nota10.com.br

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Diretora é condenada por chamar professora de "macaca" em SP

A diretora de uma escola pública de São Paulo foi condenada a um ano de prisão por ter chamado uma professora negra de "macaca". A pena, no entanto, foi convertida no pagamento de um salário mínimo, segundo a coluna Mônica Bergamo, publicada na edição desta quarta-feira da Folha.

De acordo com a coluna, Francisca Teixeira disse, ao receber Neusa Marcondes em sua sala: "Entra aqui, macaca, venha assinar esse documento".

A defesa da diretora alegou que ela se referia à "hiperatividade" da professora, que estaria pulando e fazendo brincadeiras com as colegas. A Justiça não aceitou o argumento.

O advogado da diretora, Alexandre Barduzzi Vieira, disse que vai recorrer. "Ela foi infeliz de usar essa palavra, que por si só não pode ter carga suficiente para caracterizar um crime", diz.

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/939608-diretora-e-condenada-por-chamar-professora-de-macaca-em-sp.shtml

terça-feira, 5 de julho de 2011

Alunos acusam professor da UFMA de racismo

São Paulo - A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) solicitou abertura de um processo administrativo disciplinar para apurar denúncias de racismo contra um professor da instituição. Alunos do curso de Engenharia Química apontam atos de discriminação do professor José Cloves Verde Saraiva contra o aluno africano Nuhu Ayuba, inscrito na disciplina Cálculo Vetorial. Saraiva já pediu desculpas e disse que a situação foi um mal-entendido. Uma cópia da denúncia foi entregue ao Ministério Público Federal.

"Informamos que o professor Cloves Saraiva vem sistematicamente agredindo nosso colega de turma Nuhu Ayuba, humilhando-o na frente de todos", afirmam os alunos na petição pública. Segundo os estudantes, o professor teria dito que Ayuba "deveria voltar à África e clarear a sua cor". O relato acrescenta que o intercambista "não retruca" nenhuma das agressões e está "psicologicamente abalado".

Em retratação pública, Saraiva afirma que houve um mal-entendido e pediu desculpas ao estudante Nuhu Ayuba e aos colegas de classe. "Jamais tive intenção discriminatória de qualquer espécie", disse, argumentando que também é descendente de africanos. "Acredito no potencial de todos, e o que exijo como docente é que os estudantes tenham compromisso com o conteúdo da disciplina".

O reitor da UFMA, Natalino Salgado, classificou o ocorrido como "lamentável". "Não partilharemos de atitudes que se caracterizem em retrocesso e vergonha para a nossa sociedade. Os estrangeiros, assim como todos os outros estudantes, têm o nosso apreço e respeito", afirmou o reitor. "Vamos continuar honrando os acordos educacionais e culturais assumidos pela universidade e pelo governo brasileiro com outros países", acrescentou.

Segundo nota divulgada pela reitoria, a UFMA disponibiliza anualmente duas vagas de cada curso, no período diurno, para cidadãos de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais. Este programa foi desenvolvido pelos ministérios das Relações Exteriores e da Educação, em parceria com universidades públicas.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia/2011/07/05/alunos-acusam-professor-da-ufma-de-racismo.jhtm