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terça-feira, 26 de abril de 2011

Fotos da Oficina de Jogos para aquisição da leitura e da escrita

No dia 25 de março passado, a pedido da Professora Doutora, Maria Angélica Olivo, Orientadora do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, ministrei uma Oficina de Jogos para aquisição da leitura e da escrita. A Oficina foi realizada com as acadêmicas do Curso de Pedagogia - PIBID.

Acadêmicas do curso de Pedagogia da UEM participantes da Oficina


 
Acadêmicas participando do jogo loto leitura

Professoras Maria Angélica Olivo e Maria Simões de Brito, exibindo as sacolinhas utilizadas para guardar os jogos.


Jogo ilustrando o alfabeto com objetos

Jogo identificando as letras do alfabeto

domingo, 24 de abril de 2011

Para Refletir!

"Acredito que quando levantamos os problemas próprios de cada sociedade. Quando nos propomos a discutir questões de cunho social e histórico. Quando analisamos o contexto social e histórico que vivemos. E ainda, quando clamamos por novas práticas sociais (um mundo melhor). Temos a própria prática social empírica como ponto de partida, mas, sobretudo, como ponto de chegada.

Logo, tomar todas as culturas e civilizações a partir da cultura e das ciências européias é não consideração das categorias: particularidade, singularidade e generalidade na base de análise.

Ainda, que pior, é a desconsideração da própria prática social diversa em outros continentes.
Apesar de a “mundialização” ser um fenômeno presente em todo o mundo, assim como, em quase todas as dimensões humanas (quer de conhecimento, sociabilidade, formas econômicas, expressões culturais e de ideologias), existem outras formas de construção de conhecimentos que não a eurocéntrica.

Não obstante, adoto um método de análise da realidade (suscitado na Europa) que questiona e tenta desvelar as formas de exploração do homem pelo homem, perpetradas em qualquer parte do mundo, sobre qualquer etnia, ou ainda afetar qualquer um dos gêneros humano.

Este método parte da base material. Agora, negar outras formas de construção de conhecimento é a meu ver: engessar a dialética em suas dimensões reflexiva e ontológica".

James Simões de Brito

Todo dia é dia do livro

Escolha do 23 de abril está ligada às datas de morte de Cervantes e Shakespeare

Faz sentido que o Dia Internacional do Livro seja comemorado neste sábado, dia 23, pelo mundo afora. A data, estabelecida em caráter definitivo pela Unesco em 1996, homenageia dois gigantes máximos da literatura ocidental. O 23 de abril seria, por uma lenda repetida universalmente, o dia em que morreram, no mesmo ano, o espanhol Miguel de Cervantes (1547 - 1616), o inventor do romance moderno com Dom Quixote, e o inglês William Shakespeare (1564 - 1616), o inventor do humano, como o chama Harold Bloom.

Trata-se de uma das mais instigantes mitologias do universo literário, uma lenda que dota o terreno profano da literatura de uma data mágica ao estilo das Vidas de Santos (que antes eram muito mais comuns em livro). Dois dos pilares da literatura mundial viveram de fato na mesma época, mas a predestinação histórica que os teria feito partir ao mesmo tempo é ficção.

Para começar, da biografia de Shakespeare, autor de obras onipresentes em praticamente todo o mundo, sabe-se muito pouco. Embora tenha deixado quase 1 milhão de palavras de texto, apenas 14 delas são comprovadamente de seu próprio punho: o nome assinado seis vezes e as palavras "por mim" em seu testamento, como conta um de seus biógrafos, Bill Bryson, em Shakespeare: a Vida É um Palco. Há pouca informação mesmo sobre o dia de seu falecimento – têm-se registros de seus funerais, mas não a data exata do óbito.

Mesmo que tenha sido 23 de abril a data da morte de Shakespeare, não teria sido no mesmo 23 de abril de Cervantes pelo simples motivo de que, na época, a Espanha, onde Cervantes vivia, havia adotado, como bom país católico, o calendário imposto pelo papa Gregório em 1582. E Shakespeare vivia na Inglaterra protestante, frequentemente hostilizada pelo reino espanhol a serviço do Vaticano, e que ainda marcava o tempo pelo Calendário Juliano. A Inglaterra só adotaria o Calendário Gregoriano em 1751. Shakespeare, portanto, teria morrido no dia 3 de maio – 10 dias após o espanhol.

Mas quem vai dizer que a história não é boa? Sendo assim, para que insistir tanto na picuinha das datas? Para lembrar, talvez, que a literatura é em última instância uma construção paradoxalmente individual (na mente e no coração de cada leitor) e coletiva (na transmissão de leituras e cânones, de intepretações e até mesmo mitologias literárias com as quais os leitores se comprazem).

Fonte: Zero Hora

domingo, 17 de abril de 2011

Projeto de Plano Nacional de Educação

Conheça o Projeto de Plano Nacional de Educação. Publicação da Câmara dos Deputados, organizada por Marcia Abreu e Marcos Cordiolli.

O Plano Nacional de Educação (PNE) está em debate no Congresso Nacional como o PL 8035/10 e estabelece a política educacional para o decênio 2011-2020. O PNE é composto por dez diretrizes e vinte metas.

Este projeto deverá ser debatido pela sociedade e, em particular, pela comunidade educacional.

Você pode conhecer o projeto de lei, bem como a legislação citada, a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados publicou o livreto Ação Parlamenta nº. 436.
BRASIL. Câmara dos Deputados. Projeto de Lei do Plano Nacional de Educação (PNE 2011/2020): projeto em tramitação no Congresso Nacional / PL no 8.035 / 2010 / organização: Márcia Abreu e Marcos Cordiolli. – Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2011. 106 p. – (Série ação parlamentar ; n. 436)
Acesse a publicação e ajude a divulgá-la.

Caderno PNE

Caderno com projeto de Plano Nacional de Educação
Marcia Abreu e Marcos Cordiolli – Caderno CEC Plano Nacional de Educação (PNE 2011_2020)

Refletindo...

Essa pergunta foi à vencedora em um congresso sobre vida sustentável.


Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta??

Deputado propõe detectores de metal na entrada das escolas

A tragédia ocorrida no inicio de abril na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, onde adolescentes morreram e outras pessoas ficaram feridas, reacendeu o debate sobre a questão da segurança nos estabelecimentos de ensino do País.

Diante disto, o deputado Roberto Aciolli (PV) apresentou projeto de lei que prevê a obrigatoriedade da colocação de detectores de metais nas entradas das escolas estaduais do Paraná. “A intenção do projeto é evitar tragédias como esta, onde, sem motivo aparente, um jovem armado com dois revólveres e com um cinturão de carregadores, dispara mais de cem tiros contra estudantes”, disse.

Segundo Aciolli, todas as pessoas deverão passar pelas máquinas ao entrar nas escolas, inclusive alunos e funcionários. De acordo com o projeto, as despesas decorrentes da lei virão de dotações a serem apresentadas no Orçamento do estado.

Se aprovado pelos parlamentares, o projeto também prevê prazo para instalação do equipamento – 120 dias – e aplicação de penalidades, como advertência e multa.

No entanto, ainda não há um prazo para a apreciação do projeto de lei.

sábado, 16 de abril de 2011

Dia Nacional do LIVRO INFANTIL


Por Jussara de Barros - Graduada em Pedagogia - Escola Brasil

O dia 18 de abril foi instituído como o dia nacional da literatura infantil, em homenagem à Monteiro Lobato.

“Um país se faz com homens e com livros”. Essa frase criada por ele demonstra a valorização que o mesmo dava à leitura e sua forte influência no mundo literário.

Monteiro Lobato foi um dos maiores autores da literatura infanto-juvenil, brasileira. Nascido em Taubaté, interior de São Paulo, em 18 de abril de 1882, iniciou sua carreira escrevendo contos para jornais estudantis. Em 1904 venceu o concurso literário do Centro Acadêmico XI de Agosto, época em que cursava a faculdade de direito.

Como viveu um período de sua vida em fazendas, seus maiores sucessos fizeram referências à vida num sítio, assim criou o Jeca Tatu, um caipira muito preguiçoso.

Depois criou a história “A Menina do Nariz Arrebitado”, que fez grande sucesso. Dando sequência a esses sucessos, montou a maior obra da literatura infanto-juvenil: O Sítio do Picapau Amarelo, que foi transformado em obra televisiva nos anos oitenta, sendo regravado no final dos anos noventa.

Dentre seus principais personagens estão D. Benta, a avó; Emília, a boneca falante; Tia Nastácia, cozinheira e seus famosos bolinhos de chuva, Pedrinho e Narizinho, netos de D. Benta; Visconde de Sabugosa, o boneco feito de sabugo de milho, Tio Barnabé, o caseiro do sítio que contava vários “causos” às crianças; Rabicó, o porquinho cor de rosa; dentre vários outros que foram surgindo através das diferentes histórias. Quem não se lembra do Anjinho da asa quebrada que caiu do céu e viveu grandes aventuras no sítio?

Dentre suas obras, Monteiro Lobato resgatou a imagem do homem da roça, apresentando personagens do folclore brasileiro, como o Saci Pererê, negrinho de uma perna só; a Cuca, uma jacaré muito malvada; e outros. Também enriqueceu suas obras com obras literárias da mitologia grega, bem como personagens do cinema (Walt Disney) e das histórias em quadrinhos.

Na verdade, através de sua inteligência, mostrou para as crianças como é possível aprender através da brincadeira. Com o lançamento do livro “Emília no País da Gramática”, em 1934, mostrou assuntos como adjetivos, substantivos, sílabas, pronomes, verbos e vários outros. Além desse, criou ainda Aritmética da Emília, em 1935, com as mesmas intenções, porém com as brincadeiras se passando num pomar.

Monteiro Lobato morreu em 4 de julho de 1948, aos 66 anos de idade, no ano de 2002 foi criada uma Lei (10.402/02) que registrou o seu nascimento como data oficial da literatura infanto-juvenil.

Fonte: http://www.brasilescola.com/datacomemorativas/dia-nacional-livro-infantil.htm

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Reformas em escolas estaduais devem custar até R$ 1 bilhão

Valor equivale a 25% do orçamento da Seed esse ano. Balanço aponta que cerca de 200 colégios da rede estadual têm necessidade de obras urgentes

Por Vinicius Boreki e Mariana Scoz, especial para a Gazeta do Povo

O governo do estado estima gastar de R$ 600 milhões a R$ 1 bilhão para reformar as cerca de 2,2 mil escolas estaduais durante os quatro anos da gestão Beto Richa (PSDB). Não se sabe, no entanto, de onde virão os recursos – que podem representar até 25% do orçamento da Secretaria de Estado da Educação (Seed) de R$ 4,1 bilhões em 2011. Em princípio, as possibilidades para obtenção da verba são financiamentos do Ministério da Educação ou do Banco Mundial.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Como identificar problemas de leitura precocemente

Pesquisadores estão fazendo progressos em direção ao diagnóstico precoce e o tratamento de dificuldades de aprendizagem

Tocar piano, para quem começou agora a aprender o instrumento, é uma tarefa intimidante: aprender o movimento certo dos dedos, a forma correta de usar pedal, ler as notas e continuar no ritmo. Para uma criança com problemas de leitura, compreender uma simples palavra pode ser tão desafiador quanto isso.

“As pessoas não entendem que ler é uma habilidade complexa”, diz G. Reid Lyon, líder em pesquisas de políticas educacionais na Universidade Southern Methodist e de pesquisas sobre cognição e neurociência na Universidade do Texas, nos EUA

As dificuldades de aprendizado podem se manifestar de várias formas, desde uma incapacidade em se compreender números ou textos. Mas as dificuldades de leitura são, de longe, as mais comuns. “Representam cerca de 80% a 90% das dificuldades de aprendizagem”, diz Lyon.

Na última década, os pesquisadores desenvolveram técnicas capazes de detectar estas dificuldades cada vez mais cedo – inclusive na infância – e a criação de intervenções que minimizem seus impactos.

O cérebro do bebê
Por definição, crianças com estas dificuldades não sofrem de problemas intelectuais, sensoriais ou distúrbios emocionais. Elas geralmente têm capacidades normais ou até acima da média em algumas áreas acadêmicas e cognitivas.

Quanto mais cedo se identificar dificuldades de aprendizado em uma criança, melhor. De acordo com Lyon, 17% das crianças que não conseguem melhorar sua leitura até os 9 anos permanecem com esta dificuldade pelo resto da vida. “No entanto, grande parte das intervenções é iniciada após dois ou três anos de alfabetização”, diz o psicólogo Dennis Molfese, da Universidade de Nebraska, nos EUA. “Ou seja, a intervenção tem início quando a dificuldade já está completamente estabelecida”, acrescenta.

Segundo Molfese, nos EUA os programas de intervenção demoraram a serem validados e as escolas ainda oferecem resistência em adotá-los. “Quando uma criança apresenta dificuldades de leitura, a probabilidade de ela permanecer com o problema é grande”, diz.

Iniciar tardiamente o tratamento tem se mostrado pouco eficaz. As crianças não conseguem atingir os níveis de compreensão e leitura que um leitor sem dificuldades consegue, chegando a 80% ou 85% do considerado padrão. “O tratamento funciona até certo ponto, mas a maioria das crianças nunca chegará aos níveis de leitura desejados, podendo nunca desenvolver prazer pela leitura”, diz.

Para resolver esse dilema, Molfese e sua esposa, Victoria Molfese, psicóloga do desenvolvimento especializada em educação infantil na Universidade de Nebraska, desenvolveram um método para identificar em recém-nascidos o risco de desenvolver dificuldades de leitura com uma precisão impressionante.

Em 1985, a dupla publicou no periódico Infant Behavior and Development, que eles haviam identificado padrões das ondas cerebrais infantis que tinham relação com as diferenças nas habilidades de linguagem e tamanho do vocabulário, quando estas crianças atingissem 3 anos de idade. Ao longo dos anos, eles expandiram este trabalho. Em um estudo publicado em 2000, no periódico Brain and Language, eles relataram que podiam prever com 80% de precisão se recém-nascidos poderiam apresentar problemas significativos de leitura aos 8 anos. “Agora, nossa precisão é de até cerca de 99%”, diz Dennis Molfese.

Segundo Molfese, o exame é relativamente simples. São afixados eletrodos no couro cabeludo do bebê para registrar suas ondas cerebrais enquanto ouvem sons de sílabas diferentes, como “ba” e “ga”. Na maioria dos recém-nascidos, há um aumento acentuado na atividade cerebral que ocorre cerca de um quarto de segundo depois de ouvir os sons. “Nos bebês em risco, há um atraso nesta resposta com cerca de mais de um quarto de segundo. É muito fácil ver nos registros de ondas cerebrais”, diz. Os bebês conseguem ouvir normalmente, mas o cérebro processa o som mais lentamente.

O casal espera usar estas descobertas para desenvolver intervenções precoces que possam minimizar ou mesmo prevenir distúrbios de aprendizagem. “Sabemos que a plasticidade do cérebro pode ocorrer nos primeiros anos de vida”, diz Dennis Molfese. “Por que não ‘reprogramar’ logo o cérebro?”.

Para chegar a este ponto, em parceria com pesquisadores da Finlândia, eles estão desenvolvendo um jogo de computador que apresenta os símbolos gráficos com diversos sons. Para jogar, as crianças precisam classificar os símbolos e os sons conforme eles aparecem. Pode-se ainda ajustar as configurações de modo que a diferença entre dois sons se torne cada vez mais ambígua, ajudando a criança a gradualmente conseguir distinguir entre sons similares. “O jogo foi originalmente desenvolvido para as crianças da pré-escola, mas esperamos que possa ser adaptado para crianças ainda menores”, diz Victoria Molfese.

Intervenções efetivas
Enquanto as estratégias de intervenção para bebês e crianças pequenas ainda estão em fase de testes, abordagens que visam a crianças com idade pré-escolar e no jardim de infância começam a ser postas em prática. No entanto, o tema ainda gera dúvidas entre professores e psicólogos. Afinal, qual deve ser o foco deste tratamento?

Durante o Painel Nacional de Alfabetização, convocado em 2009 pelo Instituto Nacional de Alfabetização, apoiado pelo Departamento de Educação dos EUA, do qual Victoria participou, se chegou à conclusão de que as habilidades críticas são a escrita, o conhecimento do alfabeto, as tarefas de nomeação rápida e processamento fonológico (a capacidade de dividir as palavras em sons e sílabas).

Segundo o psicólogo Jack Fletcher, da Universidade de Houston, nos EUA, estas abordagens podem ser extremamente eficazes. “Temos muitas evidências. Muitos estudos de neuroimagem mostram que, se as crianças passam por intervenções eficazes, há uma mudança no funcionamento do cérebro para a leitura”, diz ele.

Resultados
Mesmo com todos estes avanços, os pesquisadores lembram que não há cura para todas as dificuldades de aprendizagem, já que existem níveis diferentes de dificuldades. “Crianças com dificuldade leve podem ter uma recuperação total, com a intervenção adequada. Mesmo em níveis mais graves, o reconhecimento precoce pode ajudar a garantir que as crianças recebam as ferramentas necessárias para gerenciar suas dificuldades”, diz Lyon.

E apesar das evidências de que a intervenção precoce é efetiva, pouco tem sido feito nas escolas, onde o diagnóstico continua sendo tardio. “A tendência é postergar o diagnóstico à espera do fracasso das crianças”, diz Fletcher.

Para Molfese, é necessário haver uma mudança de paradigmas dentro da psicologia como um todo para que se passe a considerar a prevenção nestes casos. Molfese concorda. “A maioria dos Estados realiza testes em recém-nascidos para problemas de audição e para algumas doenças genéticas. Adicionar cinco minutos de teste de ondas cerebrais para avaliar o risco de dificuldades de aprendizagem é fácil e relativamente barato”, diz.

Após três décadas de pesquisa, Victoria está esperançosa, mas sabe que ainda falta um longo caminho a percorrer. “Temos pelo menos mais 30 anos de pesquisas pela frente”, conclui.

Créditos: este material aparece originalmente em inglês como Catching reading problems early. Copyright © 2010 da American Psychological Association (APA). Traduzido e reproduzido com permissão. A APA não é responsável pela exatidão desta tradução. Esta tradução não pode ser reproduzida ou, ainda, distribuída sem permissão prévia por escrito da APA.

fonte: http://oqueeutenho.uol.com.br/portal/2011/04/08/como-identificar-problemas-de-leitura-precocemente/

O caipira da capital

Pesquisadores descobrem que traços do sotaque caipira nasceram na cidade grande, e não no interior

O quadro O Violeiro (1899), de Almeida Junior:o r retroflexo, de "porrrta"(porta), teria sido originado na capital paulista

Por Adriani Natali

Para quem gosta do sertanejo da gema, sem o oportunismo melado do romântico industrial, a música Rapaz Caipira, que Renato Teixeira compôs em 1999, ainda representa um marco contra o estereótipo usado pelo mundo urbano para idealizar o homem e o jeito de falar do interior.

"Qui m'importa, qui m'importa. O seu preconceito qui m'importa. Se você quer maiores aventuras, vá pra cidade grande qualquer dia. Eu sou da terra e não creio em magia. É só o jeito de um rapaz caipira."

Se o rapaz caipira, imaginado por Teixeira, ou o violeiro pintado por Almeida Junior cem anos antes viajassem hoje para a cidade grande, talvez se sentissem ainda mais descaracterizados, não só pela música de hoje atribuída à sua cultura. Pois descobririam que o seu próprio sotaque - o r retroflexo ou arrastado, aquele que se pronuncia em fim de sílaba, como em "imporrrrta" - veio de lá mesmo, e não do interior. É o que afirma o professor da Universidade de São Paulo e pesquisador do CNPq Manoel Mourivaldo Santiago Almeida, coor-denador de pesquisas sobre a história e a variedade do português paulista às margens do Anhembi, antigo nome do rio Tietê.

Almeida integra o chamado Projeto Caipira, um dos grupos do Projeto para a História do Português Brasileiro, que existe desde 1998 para historiar o idioma em São Paulo. Ele examina de material escrito antigo a oral atual em regiões paulistas situadas às margens ou próximas ao Tietê: Capivari, Itu, Piracicaba, Pirapora do Bom Jesus, Porto Feliz, Santana de Parnaíba, Sorocaba e Tietê.

Revisão
O que conhecemos hoje como sotaque ou dialeto caipira seria, assim, resultado de expansão ocorrida nos séculos 16 e 17 por todo país, não apenas em São Paulo, o que explica a familiaridade que garantiu o sucesso de tipos tão estilizados como Jeca Tatu e Chico Bento. Segundo Almeida, esse sotaque surgiu da cultura de miscigenação colonial em núcleos familiares paulistas, compostos por portugueses, índios de diferentes etnias e seus filhos mamelucos, e está em formação desde esses primeiros contatos ocorridos na extensa região do então planalto de Piratininga.

- A variedade se expandiu, a partir dos séculos 17 e 18, para o interior, tanto o paulista quanto o brasileiro, principalmente para Minas Gerais e o Centro-Oeste do Brasil, tendo como caminho as águas do Tietê, pela ação dos bandeirantes e monçoeiros (exploradores). Ao mesmo tempo, também para a região Sul, pela rota dos tropeiros - explica o professor.

Professora da Universidade Federal de Minas Gerais, coordenadora do Projeto Variação fonético-fonológica em Minas Gerais (Varfon-Minas), Maria do Carmo Viegas concorda com o estudo feito por Almeida, mas pondera que é preciso testar a descoberta em outros casos de uso do r.

- Em muitos falares do interior de São Paulo hoje há o r retroflexo preponderantemente e não na capital, mas isso pode não ter sido sempre assim. Creio que a origem está na relação bandeirantes e indígenas em vários pontos do estado, principalmente como descreveu o professor Almeida. Lembremos que estamos falando do r em final de sílaba ou de palavra. Em outras posições, o r retroflexo entre vogais, como "caro", e pronunciado em Americana, por exemplo, talvez tenha outra explicação - afirma.


quinta-feira, 7 de abril de 2011

A EDUCAÇÃO BRASILEIRA HOJE ESTÁ EM LUTO

Homem invade escola, atira contra alunos e mata 12 no Rio de Janeiro

Um homem invadiu na manhã desta quinta-feira (7) a escola municipal Tasso da Silveira, na rua General Bernardino de Matos, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele disparou várias vezes contra os alunos de uma sala de aula de oitava séria, com 40 alunos, no primeiro andar. Mais de 400 jovens estudam no local, em 14 turmas do 4º ao 9º ano.

Segundo o coronel Evandro Bezerra, relações públicas do Corpo de Bombeiros do Rio, 22 pessoas foram feridas, 10 em estado grave, e pelo menos 13 pessoas morreram, inclusive o atirador. De acordo com a Polícia Militar, ele atirou contra a própria cabeça. A expectativa da corporação é de que o número de mortos aumente.

Os feridos estão sendo levados para o Hospital Estadual Albert Schweitzer. A Secretaria Estadual de Saúde do Rio não soube dizer quantas pessoas já deram entrada no local. Algumas crianças em estados mais graves estão sendo redirecionadas para outros hospitais, como o Miguel Couto e o Souza Aguiar.

A direção da unidade de ensino informou que o homem se passou por um palestrante para entrar na escola. Com o barulho dos tiros, houve muita gritaria e os professores trancaram as portas das salas para proteger os alunos.

Ele estaria usando uma roupa que imitava fardamento militar e entrou na escola com duas pistolas e muita munição.

A primeira informação divulgada foi de que o atirador era pai de uma aluna da escola, mas a Polícia Militar confirmou que o homem foi identificado como Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos. Ele seria ex-aluno da escola e teria ido à escola buscar documentos.

A irmã adotiva do atirador disse em entrevista à rádio Band News, que o atirador estava muito ligado ao Islamismo, não saía muito de casa e ficava o tempo inteiro no computador.

Em entrevista à Globo News, o coronel Djalma Beltrame, comandante do 14º BPM (Bangu), confirmou que Oliveira deixou uma carta que indica que ele tinha intenção de se matar. " Foi um ato premeditado", disse Beltrame.

Segundo o coronel, a carta era “confusa” e apresenta conteúdo “fundamentalista islâmico”.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, já está no local para acompanhar a situação. Já o governador do Estado, Sérgio Cabral, está fora do Brasil, em viagem aos Estados Unidos. A secretaria de Educação, Cláudia Costin, também estava em Washington e antecipou a viagem de retorno ao Brasil. Ela deve chegar hoje ao Rio de Janeiro.

Segundo o Corpo de Bombeiros, há oito carros de bombeiros e diversos helicópteros atuando no local, que foi isolado. Há uma multidão ao redor da escola, principalmente de pais em busca de informações.
Fonte: Agência Brasil. http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/04/07//homem-invade-escola-publica-e-dispara-contra-alunos-no-rio-de-janeiro.jhtm

Terror em escola pública do Rio de Janeiro


Homem invade escola pública e dispara contra alunos, no Rio de Janeiro

Um homem invadiu na manhã desta quinta-feira (7) a escola municipal Tasso da Silveira, na rua General Bernardino de Matos, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele disparou várias vezes contra os alunos de uma sala de aula.


Localização da escola

Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio, mais de 15 pessoas foram feridas e pelo menos 10 pessoas morreram. O atirador também morreu depois de ser atingido por policiais militares.

Os feridos estão sendo levados para o Hospital Estadual Albert Schweitzer. A Secretaria Estadual de Saúde do Rio não soube dizer quantas pessoas já deram entrada no local.

A direção da unidade de ensino informou que o homem se passou por um palestrante para entrar na escola. Com o barulho dos tiros, houve muita gritaria e os professores trancaram as portas das salas para proteger os alunos.

A primeira informação divulgada foi de que o atirador é pai de uma aluna da escola, mas uma médica do Corpo de Bombeiros teria dito que o suspeito é um ex-aluno da escola, Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos. Ele estava com uma carteira de identificação da unidade de ensino.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, já está no local para acompanhar a situação.

Segundo o Corpo de Bombeiros, há oito carros de bombeiros e diversos helicópteros atuando no local, que foi isolado. Há uma multidão ao redor da escola, principalmente de pais em busca de informações.

Fonte: Agência Brasil. http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/04/07/homem-invade-escola-publica-e-dispara-contra-alunos-no-rio-de-janeiro.jhtm

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Escolas públicas terão livros didáticos de filosofia em 2012


AGÊNCIA BRASIL

A filosofia vai voltar, na prática, para o conteúdo curricular dos alunos de ensino médio, depois de 47 anos fora dos currículos das escolas de educação básica no país. No ano que vem, as escolas da rede pública receberão pela primeira vez, desde a ditadura, livros didáticos da disciplina para orientar o trabalho dos professores. Foi o regime militar que baniu a filosofia das escolas.

Em 2008, uma lei trouxe de volta a filosofia e a sociologia como disciplinas obrigatórias para os estudantes do ensino médio. A professora Maria Lúcia Arruda Aranha ensinava filosofia em 1971 quando a matéria foi extinta pelo governo militar. Hoje, é uma das autoras dos livros que foram selecionados para serem distribuídos aos alunos da rede pública pelo PNLD (Programa Nacional do Livro Didático).

"Ela desapareceu [a filosofia nas escolas] na década de 70 e reapareceu como disciplina optativa em 1982. Mas, nesse meio tempo, eu continuava dando aula em escola particular. A gente ensinava, só que o nome da matéria não podia constar como filosofia", lembra.