R E F L I T A:


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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Procurador entra com ação contra 'falta de transparência' do Enem

Por FELIPE LUCHETE  de  SÃO PAULO

O Ministério Público Federal no Ceará ajuizou mais uma ação contra o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), pedindo dessa vez que os critérios de correção sejam explicados pelo Inep (instituto do Ministério da Educação responsável pela prova).

Alunos questionam pontuação do Enem e fazem até site de queixas

O procurador Oscar Costa Filho, autor da ação, é o mesmo que tentou anular o exame em todo o país em novembro. No documento, ele critica a "falta de transparência" do Inep.

O procurador disse à Folha que recebeu vários e-mails com reclamações de candidatos, que não entendem os métodos de pontuação da TRI (Teoria de Resposta ao Item) --na qual o exame se baseia-- e apontam incongruências entre o número de acertos e as notas.

Os resultados do Enem foram divulgados no dia 21. Um site (enemurgente.com) e uma comunidade no Facebook já reúnem críticas ao método.

Segundo o procurador, o edital da prova não explica a metodologia, o que abre espaço para "arbitrariedades" na seleção das 95 instituições que se basearão na nota.

Ele disse que o Inep precisa esclarecer quais são as questões consideradas fáceis, médias e difíceis, para que os candidatos saibam como confirmar se a nota divulgada é real.

Caso a Justiça Federal conceda liminar favorável, a explicação poderá ser feita genericamente em nota oficial na internet, segundo Costa Filho.

O Ministério da Educação e o Inep declararam que só vão se pronunciar na Justiça.

METODOLOGIA
Na TRI, as questões não têm o mesmo peso e o número total de acertos conta pouco na prova.
As questões são divididas em fáceis, médias e difíceis, e o desempenho do candidato é variável: se acertou apenas as fáceis e difíceis a nota cai, pois há indício de que ele "chutou".

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/saber/1026928-procurador-entra-com-acao-contra-falta-de-transparencia-do-enem.shtml

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Saiba como usar o Enem para certificação de ensino médio

 

Veja qual a nota mínima exigida e os locais para dar entrata no pedido de diploma

iG São Paulo

Pessoas que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio para obter a certificação de conhecimentos equiparáveis a etapa de ensino devem obter ao menos 400 pontos em cada uma das quatro áreas da prova e 500 pontos na redação. Quem conseguiu a nota deve imprimir o boletim individual e procurar um dos pontos certificadores em todo o Brasil.


Veja abaixo a relação completa de pontos certificadores:
Acre
Instituto Federal (Campus Avançado de Xapuri, Campus Cruzeiro do Sul, Campus Rio Branco, Campus e Sena Madureira)
Secretaria Estadual
Alagoas
Instituto Federal (Campus Arapiraca, Campus Avançado de Murici, Campus Avançado de Santana do Ipanema, Campus Avançado de São Miguel dos Campos, Campus Maceió, Campus Maragogi, Campus Marechal Deodoro, Campus Palmeira dos Índios, Campus Penedo, Campus Piranhas, Campus Satuba)
Secretaria Estadual
Amazonas
Instituto Federal (Campus Coari, Campus Lábrea, Campus Manaus Centro, Campus Manaus Distrito Industrial, Campus Manaus Zona Leste, Campus Maués, Campus Parintins, Campus Presidente Figueiredo, Campus São Gabriel da Cachoeira e Campus Tabatinga)
Secretaria Estadual
Amapá
Instituto Federal (Campus Laranjal do Jari e Campus Macapá)
Secretaria Estadual
Bahia
Instituto Federal (Campus Barreiras, Campus Camaçari, Campus Eunápolis, Campus Feira de Santana, Campus Ilhéus, Campus Irecê, Campus Jacobina, Campus Jequié, Campus Paulo Afonso, Campus Porto Seguro, Campus Salvador, Campus Santo Amaro, Campus Simões Filho, Campus Valença, Campus Vitória da Conquista, Campus Bom Jesus da Lapa, Campus Catu, Campus Guanambi, Campus Itapetinga, Campus Santa Inês, Campus Senhor do Bonfim, Campus Teixeira de Freitas, Campus Uruçuca, Campus Valença (CEPLAC)
Secretaria Estadual
Ceará
Instituto Federal (Campus Aracaú, Campus Avançado Aracati, Campus Avançado de Baturité, Campus Avançado de Jaguaribe, Campus Avançado de Tauá, Campus Avançado de Tianguá, Campus Canindé, Campus Cedro, Campus Crateús, Campus Crato, Campus Fortaleza, Campus Iguatu, Campus Juazeiro do Norte, Campus Limoeiro do Norte, Campus Maracanaú, Campus Quixadá, Campus Sobral
Secretaria Estadual
Distrito Federal
Inistituto Federal (Campus Brasília, Campus Gama, Campus Planaltina, Campus Samambaia, Campus Taguatinga)
Secretaria Estadual
Espírito Santo
Instituto Federal (Campus Alegre, Campus Aracruz, Campus Cachoeiro de Itapemirim, Campus Cariacica, Campus Colatina II, Campus Itapina (Colatina I), Campus Linhares, Campus Nova Venécia, Campus Santa Teresa, Campus São Mateus, Campus Serra, Campus Vitória)
Secretaria Estadual
Goiás
Instituto Federal (Campus Anápolis, Campus Formosa, Campus Goiânia, Campus Inhumas, Campus Itumbiara, Campus Jataí, Campus Luziânia, Campus Uruaçu, Campus Ceres, Campus Iporá, Campus Morrinhos, Campus Rio Verde, Campus Urutaí)
Secretaria Estadual
Maranhão
Instituto Federal (Campus Açailândia, Campus Alcântara, Campus Bacabal, Campus Barreirinhas, Campus Buriticupu, Campus Caxias, Campus Centro Histórico, Campus Codó, Campus Imperatriz, Campus Maracanã, Campus Monte Castelo, Campus Pinheiro, Campus Santa Inês, Campus São Raimundo das Mangabeiras, Campus Timon, Campus Zé Doca)
Secretaria Estadual
Minas Gerais
Instituto Federal (Campus Bambuí, Campus Congonhas, Campus Formiga, Campus Governador, Campus Ouro Preto, Campus São João Evangelista, Campus Almenara, Campus Araçuaí, Campus Arinos, Campus Januária, Campus Montes Claros, Campus Pirapora, Campus Salinas, Campus Avançado Santos Dumont, Campus Avançado São João Del Rei, Campus Barbacena, Campus Juiz de Fora, Campus Muriaé, Campus Rio Pomba, Campus Avançado de Poços de Caldas, Campus Avançado de Pouso Alegre, Campus Inconfidentes, Campus Machado, Campus Muzambinho, Campus Avançado de Uberlândia, Campus Avançado Patrocínio, Campus Ituiutaba, Campus Paracatu, Campus Uberaba, Campus Uberlândia)
Secretaria de Educação
Mato Grosso do Sul
Instituto Federal (Campus Aquidauana,Campus Campo Grande, Campus Corumbá, Campus Coxim, Campus Nova Andradina, Campus Ponta Porã, Campus Três Lagoas)
Secretaria Estadual
Mato Grosso
Instituto Federal (Barra do Garças, Campus Bela Vista, Campus Cáceres, Campus Campo Novo do Parecis, Campus Confresa, Campus Cuiabá, Campus Juína, Campus Pontes e Lacerda, Campus São Vicente e Rondonópolis)
Secretaria Estadual
Pará
Instituto Federal (Campus Abaetetuba, Campus Altamira, Campus Avançado Breves, Campus Belém, Campus Castanhal, Campus Conceição do Araguaia, Campus de Bragança, Campus de Santarém, Campus Itaituba, Marabá Industrial, Campus Marabá Rural, Campus Tucuruí)
Secretaria Estadual
Paraíba
Instituto Federal (Campus Cabedelo, Campus Cajazeiras, Campus Campina Grande, Campus João Pessoa, Campus Monteiro, Campus Patos, Campus Picuí, Campus Princesa Isabel, Campus Sousa
PB)
Secretaria Estadual
Pernambuco
Instituto Federal (Afogados da Ingazeira, Campus Barreiros, Campus Belo Jardim, Campus Ipojuca, Campus Pesqueira, Campus Recife, Campus Vitória do Santo Antão, Caruaru, Garanhuns, Campus Floresta, Campus Petrolina, Campus Petrolina Zona Rural, Ouricuri e Salgueiro)
Secretaria Estadual
Piauí
Instituto Federal (Campus Angical, Campus Corrente, Campus Floriano, Campus Parnaíba, Campus Picos, Campus Piripiri, Campus Teresina Central, Campus Teresina Zona Sul, Campus Uruçuí, Paulistana, São Raimundo Nonato)
Secretaria Estadual
Paraná
Instituto Federal (Assis Chateaubriand, Campus Curitiba 1, Campus Curitiba 2, Campus Foz do Iguaçu, Campus Jacarezinho, Campus Londrina, Campus Paranaguá, Campus Telêmaco Borba, Campus Umuarama, Irati, Ivaiporã, Palmas, Paranavaí)
Secretaria Estadual
Rio de Janeiro
Instituto Federal (Campus Avançado Quissamã, Campus Bom Jesus de Itabapoana, Campus Cabo Frio, Campus Campos, Campus Expansão Itaperuna, Campus Guarus, Campus Macaé, Campus Avançado Arraial do Cabo, Campus Avançado Engenheiro Paulo de Frontin, Campus Duque de Caxias, Campus Maracanã, Campus Nilópolis, Campus Paracambi, Campus Pinheiral, Campus Realengo, Campus São Gonçalo, Campus Volta Redonda)
Secretaria Estadual
Rio Grande do Norte
Instituto Federal (Campus Apodi, Campus Avançado Cidade Alta, Campus Avançado de Nova Cruz, Campus Avançado de Parnamirim, Campus Caicó, Campus Currais Novos, Campus Ipanguaçu, Campus João Câmara, Campus Macau, Campus Mossoró, Campus Natal-Central, Campus Natal-Zona Norte, Campus Pau dos Ferrós, Campus Santa Cruz)
Secretaria Estadual
Rondônia
Instituto Federal (Campus Ariquemes, Campus Avançado de Cacoal, Campus Colorado do Oeste, Campus Ji-Paraná, Campus Porto Velho, Campus Vilhena)
Secretaria Estadual
Roraima
Instituto Federal (Campus Amajari, Campus Boa Vista, Campus Novo Paraíso, Campus Alegrete, Campus Júlio de Castilhos, Campus Panambi, Campus Santa Rosa, Campus Santo Augusto, Campus São Borja, Campus São Vicente do Sul, Campus Bagé, Campus Camaquã, Campus Charqueadas, Campus Passo Fundo, Campus Pelotas, Campus Pelotas, Campus Sapucaia do Sul, Campus Venâncio Aires, Avançado Farroupilha, Avançado Feliz, Avançado Ibirubá, Campus Bento Gonçalves, Campus Canoas, Campus Caxias do Sul, Campus Erechim, Campus Osório, Campus Porto Alegre, Campus Restinga, Campus Rio Grande, Campus Sertão)
Secretaria Estadual
Santa Catarina
Instituto Federal (Campus Araquari, Campus Avançado de Ibirama, Campus Avançado de Luzerna, Campus Camboriú, Campus Concórdia, Campus Rio do Sul, Campus Sombrio, Campus Videira, Campus Araranguá, Campus Avançado de Caçador, Campus Avançado de Jaraguá do Sul, Campus Avançado de Xanxerê, Campus Canoinhas, Campus Chapecó, Campus Continente, Campus Criciúma, Campus Florianópolis, Campus Gaspar, Campus Itajaí, Campus Jaraguá do Sul, Campus Joinville, Campus Lages, Campus São José e Campus São Miguel do Oeste)
Secretaria Estadual
Sergipe
Instituto Federal (Campus Aracaju, Campus Estância, Campus Lagarto, Campus Nossa Senhora da Glória, Campus São Cristóvão)
Secretaria Estadual
São Paulo
Instituto Federal (Campus Araraquara, Campus Avançado de Boituva, Campus Avançado de Capivari, Campus Avaré, Campus Barretos, Campus Birigui, Campus Bragança Paulista, Campus Campos do Jordão, Campus Caraguatatuba, Campus Catanduva, Campus Cubatão, Campus Guarulhos, Campus Hortolandia, Campus Itapetininga, Campus Piracicaba, Campus Presidente Epitácio, Campus Salto, Campus São Carlos, Campus São João da Boa Vista, Campus São Paulo, Campus São Roque, Campus Sertãozinho, Campus Suzano, Campus Votuporanga)
Secretaria Estadual

Tocantins
Instituto Federal (Campus Araguaína, Campus Araguatins, Campus Gurupi, Campus Palmas, Campus Paraíso do Tocantins, Campus Porto Nacional)
Secretaria Estadual
 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Nove em cada dez alunos do 9º ano de escolas públicas não sabem fazer contas com centavos

Por Rafael Targino
Em São Paulo   
 
Nove em cada dez alunos de escolas públicas brasileiras do 9º ano (antiga 8ª série) não sabem, por exemplo, fazer contas com centavos. Essa é uma das conclusões de um estudo feito com exclusividade para o UOL Educação com as notas da Prova Brasil de 2009. O exame serve para avaliar a proficiência dos estudantes e é utilizado no cálculo do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Mais de 80% dos estudantes brasileiros estão em unidades da rede pública.

De acordo com o estudo, feito pelo economista Ernesto Faria, 89,4% dos alunos do último ano do ensino fundamental tiveram desempenho “abaixo do básico” e “básico” na disciplina. Isso quer dizer que tiraram notas menores que 300 na prova –em uma escala que chega a 425 em matemática e a 350 em português.

Tirar menos que 300 significa, segundo um documento do MEC (Ministério da Educação) que divide as notas em faixas, que o estudante não consegue fazer operações de adição, subtração, divisão ou multiplicação que envolvam centavos em unidades monetárias, resolver problemas com porcentagens ou reconhecer um círculo e uma circunferência.

Clique na imagem e veja os resultados por Estado no infográfico

As classificações são usadas pelo movimento Todos pela Educação e por alguns Estados para “categorizar” o conhecimento estudantil e têm quatro níveis: “abaixo do básico”, “básico”, “adequado” e “avançado”. Um estudante no nível “básico”, por exemplo, tem domínio mínimo do conteúdo que deveria saber; um do “adequado”, por sua vez, tem domínio pleno.
No caso de matemática, no 9º ano do fundamental, “abaixo do básico” significa uma nota entre 125 e 225; “básico”, entre 225 e 300; “adequado”, entre 300 e 350; “avançado”, entre 350 e 500. Esses números variam com a disciplina e a série.

A situação é um pouco melhor em português: 77,6% dos estudantes do 9º ano das escolas públicas de todo o país não têm o conhecimento adequado para o nível em que estão. Esses alunos tiraram nota menor que 275 e não conseguem, por exemplo, reconhecer “posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou tema”, de acordo com o documento do MEC.

Séries iniciais

Os resultados da Prova Brasil também mostram que quase sete em cada dez alunos do 5º ano (68,5%) não conseguiram atingir o nível “adequado” em português. Eles não sabem, por exemplo, localizar a informação principal em um texto, não entendem uma metáfora ou mesmo inferem o que provoca um eventual efeito de humor no que estão lendo.

Proficiência em português (escala Saeb)

5º ano 9º ano
Abaixo do básico 125-150 125-200
Básico 150-200 200-275
Adequado 200-250 275-325
Avançado 250-325 325-350

Proficiência em matemática (escala Saeb)

5º ano 9º ano
Abaixo do básico 125-175 125-225
Básico 175-225 225-300
Adequado 225-275 300-350
Avançado 275-375 350-425

Em matemática, o desempenho é praticamente o mesmo: 69,8% têm conhecimentos “abaixo do básico” ou somente “básicos”. Entre os que os estudantes deveriam fazer, mas não conseguem, está ler informações e números apresentados em tabelas ou identificar que uma operação de divisão resolve um dado problema.

A Prova Brasil é aplicada para alunos do 5º e 9º anos do fundamental de escolas públicas municipais, estaduais e federais, de áreas rural e urbana, que tenham, no mínimo, 20 matrículas na série avaliada. O exame acontece a cada dois anos e os dados mais recentes disponíveis são os da prova de 2009.

A divisão por faixas do MEC é a mesma para todos os níveis. Por isso, as notas mínimas para cada uma das categorias é diferente em cada série, já que o estudante vai adquirindo conhecimentos ao longo de sua vida escolar.

Escala não é rigorosa, diz especialista

Para Francisco Soares, especialista em avaliações em educação e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a escala montada não é rigorosa e traduz o que o estudante deveria saber. “Esses números são um ponto de corte razoável. A gente não está sendo rigoroso demais. Isso é o estado da educação brasileira, há 15 anos. Nos últimos anos, tem havido algumas melhoras. Mas, ao que tudo indica, elas têm sido produzidas por um número pequeno de alunos”, afirma.
Um total reduzido de estudantes com notas boas pode estar puxando a melhora dos índices nacionais (como o Ideb), apesar dos resultados na Prova Brasil, afirma Soares. “Os números sugerem que há alguns melhores. Eu brinco que, no Brasil, a melhor maneira é treinar [no ensino superior] são ‘Ronaldinhos’. Se você é bom, eu te dou mais, e você melhora. Mas isso não pode ser para a educação básica”, afirma, lembrando que a educação básica é um direito constitucional.

De acordo com Mozart Ramos, conselheiro do CNE (Conselho Nacional de Educação), órgão vinculado ao MEC, os resultados mostram, pelo menos, os caminhos que devem ser seguidos: mais investimento, melhor gestão, maior capacitação de professores e um currículo que estimule o jovem a estudar.

“Do ponto de vista da aprendizagem adequada, a gente ainda está patinando. Isso tanto se aplica tanto no ensino médio quanto no final do ensino fundamental. Onde estamos melhorando de forma de forma constante é nas séries iniciais do fundamental”, diz.

fonte: http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/12/21/nove-em-cada-dez-alunos-do-9-ano-de-escolas-publicas-nao-sabem-fazer-contas-com-centavos.jhtm

sábado, 10 de dezembro de 2011

Educação Prisional

I SEMINÁRIO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PRISIONAL DO PARANÁ

CURITIBA– 12 A 16 DE DEZEMBRO DE 2011


Programação do Evento

Dia
Atividade(s)
Horário ou Data
Docente (Grupo)
Início
Término
1º dia
12/12/2011
ABERTURA OFICIAL
19h30
21h30
Secretaria de Estado da Educação do Paraná
Secretaria de Estado da Justiça do Paraná
Secretaria de Estado da Criança e da Juventude
Representantes Estaduais / EJA

2º dia
13/12/2011
Conferências de abertura
08h00
10h00
Panorama da Educação Prisional Brasileira
Políticas da EJA do MEC
CARLOS TEIXEIRA / ANDREA CAON
10h15
12h00
Diretrizes Nacionais da Educação nas prisões
Prof. ELIONALDO F. JULIÃO
Universidade Fluminense/RJ
Intervalo de Almoço
12h00
13h30

Mesa-Redonda
13h30
15h30
Panorama da Educação Prisional Paranaense
SONIA MONCLARO VIRMOND

Direitos Humanos
REGINA BLEY

O tratamento penal e o programa de escolarização MARGARETE RODRIGUES

A educação e as questões de segurança
JOSÉ ROBERTO SANTOS
15h45
17h30
3º dia
14/12/2011
Palestras
08h00
10h00
A educação de jovens e adultos nas unidades penais
SONIA ANA C. LESZCYNSKI

Educação a distância: cenários, modelos e perspectivas
CLAUDIA MULLER
10h15
12h00
Intervalo de Almoço
12h00
13h30

Palestras
13h30
17h30
Tecnologia para o desenvolvimento humano no contexto das Unidade Penais do Paraná
CINEIVA CAMPOLI PAULINO TONO

LEP/ECA – Convergências e Perspectivas
MARCELO LEBRE / MARTA TONIN
4º dia
15/12/2011





Oficinas 1, 2, 3 e 4
08h00
12h00
Oficina 1: Álcool e outras Drogas
Oficineiro: LUIS APARECIDO BALAN

Oficina 2: Violência e Direitos Humanos
Oficineira: ANA PAULA PACHECO PALMERIO e
                 DELVANA LÚCIA DE OLIVEIRA

Oficina 3: Relações Etnicorraciais
Oficineira: TÂNIA APARECIDA LOPES

Oficina 4: Gênero e Diversidade Sexual
Oficineira: MARCO DE OLIVEIRA
Oficinas 1, 2, 3 e 4
Intervalo de Almoço
12h00
13h30

Oficinas 1, 2, 3 e 4
13h30
17h30
Oficina 1: Álcool e outras Drogas
Oficineiro: LUIS APARECIDO BALAN

Oficina 2: Violência e Direitos Humanos
Oficineira: ANA PAULA PACHECO PALMERIO e
                 DELVANA LÚCIA DE OLIVEIRA

Oficina 3: Relações Etnicorraciais
Oficineira: TÂNIA APARECIDA LOPES

Oficina 4: Gênero e Diversidade Sexual
Oficineira: MARCO DE OLIVEIRA
Oficinas 1, 2, 3 e 4

5º dia
16/12/2011
ENCERRAMENTO
08h00
10h00
Palestra: A  violência e sua representação no cinema
BETO CARMINATTI
10h15
12h00
Mesa: Perspectivas da Educação Prisional e socioeducativa no Paraná (representantes EJA/DEB/SEED, CDS/DPPE/SEED, ESEDH/SEJU, CENSES/SECJ)


OBS.:
Horários de Intervalos para os momentos presenciais
à manhã: 10:00 às 10:15
à tarde   : 15:30 às 15:45

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Base de dados sobre a primeira infância está disponível para consulta


 A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) disponibiliza para consulta e download o Primeira Infância em Números, uma ampla base de dados sobre a faixa etária de 0 a 3 anos no país nos últimos 10 anos. O instrumento é fundamental para auxiliar quem estuda esta faixa etária e é essencial para subsidiar a elaboração de uma política pública direcionada a crianças nesta idade, um dos eixos estratégicos da secretaria.
O aplicativo, elaborado por técnicos da SAE e especialistas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), resultou da análise e do cruzamento de dados de mais de 40 indicadores sociais colhidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
O Primeira Infância em Números permite que cada usuário faça seus próprios diagnósticos regionais e setoriais, identificando progressos, hiatos ou desigualdades ainda remanescentes. Além de dados básicos como distribuição geográfica, idade, sexo e raça, o levantamento cruza informações da faixa etária de 0 a 3 anos, ano a ano (de 1999 a 2009), idade por idade, com fatores como escolaridade dos responsáveis, ocupação da mãe, presença em creches, com ou sem registro de nascimento, saneamento básico, etc. Todos os dados aparecem por país, por região, por cidade de pequeno e médio porte ou região metropolitana.
O aplicativo, que permite a consulta de forma amigável a 2.731 tabelas diferentes, está disponível no hotsite sobre Primeira Infância da Secretaria de Assuntos Estratégicos, pelo endereço www.sae.gov.br/primeirainfancia, ou faça o download aqui.
http://www.sae.gov.br/site/?p=9112

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Como escolher a escola do seu filho?

Aprendizagem com desenvolvimento psíquico do aluno são as metas do ensino fundamental


Por Simone Harnik
Em São Paulo
O ingresso da criança no ensino fundamental é um momento de a família refletir sobre o que deseja da educação. Antes de visitar as escolas, os pais devem ter definidas suas prioridades para a formação e ter uma boa noção dos gostos e do perfil do filho.

"Não adianta uma família que é rígida colocar o filho em uma escola mais 'light', porque, durante o curso, os pais vão cobrar uma rigidez que a escola não oferece", afirma Quézia Bombonatto, presidente da ABPp (Associação Brasileira de Psicopedagogia). "As expectativas da família devem ser coerentes com a proposta da escola."
Raimundo Paccó/Folha Imagem

Início do ensino fundamental deve mesclar brincadeiras com conteúdos (29.ago.2007 - Raimundo Paccó/Folha Imagem)

Para Maria Del Cioppo Elias, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), a boa escola para o início do ensino fundamental é aquela que "balanceia o conteúdo e o faz de conta".

"Não pode ser um colégio que só prepare para o vestibular. É preciso alfabetizar, mas a escola também deve valorizar a oralidade, por leitura de histórias, por exemplo. Deve estimular a criatividade", diz.

O processo de escolha é complexo e envolve uma série de variáveis, afirma o professor da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília) Cristiano Muniz. "Os pais devem prestar atenção aos aspectos físicos da escola; ao projeto pedagógico e ao conteúdo; aos recursos humanos, como a formação do professor; aos aspectos sócio-afetivos, ou seja, como a escola trata a criança e como é o trabalho com os colegas; e às questões econômicas", aponta.
Orientações gerais
Confira as orientações gerais para escolher bem a escola de seu filho:

Alimentação - A escola oferece alimentação? Como é o funcionamento da cantina? É preciso levar dinheiro para comprar ou a escola oferece selos, que o pai compra e dá para o filho? "E a qualidade dos alimentos oferecidos também deve ser observada. Porque o filho pode começar a voltar da escola e não querer comer em casa, por ter tomado muito refrigerante, por exemplo", diz Quézia.

Infraestrutura - Qual é a estrutura do imóvel? Ele tem área de lazer? As classes são iluminadas e claras? Há limpeza e segurança para os estudantes?

Mensalidade - Não tente dar um passo maior do que a perna e procure colégios que caibam dentro do orçamento. "A escola que tem muitos inadimplentes acaba comprometendo seu serviço", aponta Quézia.

Passeios e atividades fora da escola - Os estudantes terão muitos trabalhos de campo, visitas a museus, cinemas, teatros? A princípio, atividades como estas estimulam o aprendizado. No entanto, podem ser a exclusão do aluno cuja família não pode pagá-las. Pergunte à diretora sobre os custos anuais das viagens.

Perfil do seu filho - Seu filho é um miniartista? Um desenhista em potencial? Um atleta? Precisa de rigidez ou é tímido? Veja qual o perfil da criança e procure instituições de ensino que estimulem sua aprendizagem.

Transporte - Nas grandes cidades, como São Paulo, a distância da escola pode representar um problema. Ainda mais se os pais trabalharem e precisarem buscar os filhos no colégio. É fundamental escolher uma instituição localizada em área estratégica para a família - seja perto de casa ou perto do trabalho.

Avaliação - Como a escola mostra os resultados dos estudantes? Há nota ou conceito? A família tem acesso ao boletim? Vale lembrar que existem diferentes tipos de avaliação (há escolas que aplicam provas e outras que não aplicam, por exemplo), e você pode procurar o colégio mais adequado aos seus valores.

Reuniões com os pais - A escola deve oferecer, no mínimo, três reuniões por ano, segundo recomendação do MEC (Ministério da Educação). Veja se a instituição de ensino proporciona um bom contato com as famílias.

Lição de casa - O colégio dá tarefas longas para seu filho levar para casa? Isso pode ser bom ou ruim, dependendo de cada família. Veja se você tem condições de orientar seu filho nas lições de casa e se elas exigem a participação dos pais.

Biblioteca - A biblioteca tem o acervo atualizado e permite que as crianças manipulem os livros? "A biblioteca tem de ter livros destinados à faixa etária dos estudantes. Não adianta ter uma coleção maravilhosa de enciclopédias para adultos", afirma Muniz.

Mobiliário - Os móveis são adequados para as crianças? Ou os estudantes são obrigados a sentar em cadeiras de um braço só? Veja se as mesinhas e cadeiras estão em bom estado.

Material - Peça informações sobre o material que será utilizado durante o ano letivo. Tome cuidado com material apostilado - procure verificar a qualidade. "As apostilas trazem sínteses prévias que, muitas vezes, não ajudam a criança a produzirem o conhecimento", afirma Muniz.

Qualificação do corpo docente - Pergunte se o corpo de professores tem formação adequada para lecionar. Se a escola oferece tempo para pesquisa e para desenvolvimento das atividades, ela ganha pontos.

Racismo em Escola

Ator diz estar 'enojado' com chefe que mandou negra alisar o cabelo


TATIANA SANTIAGO
DO "AGORA"
EMILIO SANT'ANNA
DE SÃO PAULO

Quando o primeiro cabelo "black power" chegou por aqui, na cabeça de Tony Tornado, 81, logo foi evidente que era parte do movimento de afirmação racial dos negros. Nesta semana, 41 anos depois, o ator ficou "enjoado" ao saber que o penteado ainda causa preconceito.

Tony não queria acreditar quando leu, no Facebook, o caso da estagiária Ester Elisa da Silva Cesário, 19.

Ela afirma ter sido alvo de racismo no colégio Internacional Anhembi Morumbi, no Brooklin, zona sul de São Paulo, onde é estagiária.

Assim como Tony, Ester é negra. Seu cabelo é crespo, bate nos ombros. Ela preserva o volume natural dos cachos.

Jefferson Coppola/Folhapress
Ester Cesário, 19, que acusa chefe de ter mandado que ela alisasse os cabelos crespos para trabalhar
Ester Cesário, 19, que acusa chefe de ter mandado que ela alisasse os cabelos crespos para trabalhar

Segundo Ester, em seu primeiro dia de trabalho como assistente de marketing, no dia 1º de novembro, a diretora do colégio reclamou de uma flor presa em seu cabelo e pediu para deixá-los presos.
Dias depois, a diretora a teria chamado novamente para reclamar do cabelo.

Dessa vez, conta Ester, a mulher foi além: disse que compraria camisas mais longas para que a funcionária escondesse seus quadris.

"Como você pode representar nosso colégio com esse cabelo crespo?", indagou a diretora, segundo a jovem.

Ainda de acordo com a estagiária, a diretora contou que já teve cabelos crespos, mas os alisou para se adequar ao padrão de beleza exigido.

Foi a gota d'água para a estagiária procurar a polícia. Ester registrou um boletim de ocorrência na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância).

"A discriminação me afetou de tal forma que eu não consigo mais me olhar no espelho e mexer no meu cabelo. Ela [a diretora] mexeu com meu emocional. Estou triste e choro a todo instante", diz.

Para o professor de direito constitucional da Fundação Getulio Vargas (FGV), Oscar Vilhena Vieira, casos como o de Ester são flagrantes desrespeitos à Constituição.

Segundo ele, o caso pode gerar uma ação cível ou criminal. "Para isso, é preciso que fique demonstrada a intencionalidade da discriminação", explica.

Rodrigo Capote-22.jul.11/Folhapress
Tony Tornado, 81, canta no festival "Black na Cena"; artista conta ter ficado "enojado" com a história
Tony Tornado, 81, canta no festival "Black na Cena"; artista conta ter ficado "enojado" com a história de Ester

Para Tony, os 41 anos que se passaram desde que se tornou o primeiro a usar um "black power" não foram suficientes para acabar com o preconceito no país.

"Depois que vi a história, fiquei enjoado, pensando como pode acontecer uma coisa dessas em 2011."

OUTRO LADO
O colégio Internacional Anhembi Morumbi afirma, em nota, que a direção da escola e o restante da equipe de funcionários com a qual Ester trabalha nunca teve a intenção de causar qualquer constrangimento.

De acordo com a nota, o colégio possui um modelo de aprendizagem inclusivo, que abriga professores, estudantes e funcionários de várias origens e tradições religiosas.

O uso de uniformes por alunos e funcionários é exigido para que o foco da atenção saia da aparência. A instituição afirma que ainda não foi notificada oficialmente sobre o boletim de ocorrência registrado pela estagiária.

O colégio também afirma que entende que o respeito às diferenças é um assunto sério e, por isso, colocou formalmente esse tema em seu estatuto e na grade curricular.

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/1018334-ator-diz-estar-enojado-com-chefe-que-mandou-negra-alisar-o-cabelo.shtml