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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Oficina publicada no Portal DIA A DIA

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Professora: Raquel Pereira Dias
E-mail para contato: raqueldbrito@seed.pr.gov.br
Instituição / Escola: Instituto Estadual de Maringá
Município / Estado: Maringá - PR
Segmento Escolar em que foi aplicado: alunos do curso Formação de Docentes.
Foi utilizado algum recurso do Portal? Não

Relato
Vejam logo abaixo, as fotos das alunas do 3º ano do Curso de Formação de Docentes em nível médio do IEEM, que participaram nos dias 17/09/11 e 01/10/201, da Oficina: “Cartografia aplicada”, cuja professora Maria Simões de Brito é a coordenadora de Prática de Formação do Curso, no período noturno.

Este curso é destinado à formação inicial do professor do nível I, onde devem cumprir uma carga horária de estágio que inclui: estudos, oficinas, pesquisas, observações participativas em salas de aula, docências em turmas do 1º ao 5º ano. Esse trabalho é enriquecido com a realização de oficinas voltadas para diversas áreas do conhecimento, que nesta oportunidade, contemplou o ensino de Geografia.

O evento realizado teve uma carga horária de 8 horas. Quem ministrou esta oficina foi a professora Raquel Dias de Brito, graduada em Geografia pela Universidade Estadual de Maringá e professora da rede estadual pública de ensino do Estado do Paraná, Núcleo Regional de Maringá. Contou ainda com a participação das professoras Maria Estela Gozzi e Lucília Vernashi de Oliveira, professoras de Estágio da turma.

Após um período de embasamento teórico, as alunas participaram de atividades práticas que proporcionaram um aprendizado significativo. Estes conteúdos contribuirão para as práticas do exercício da futura profissão.

Os objetivos desta oficina foram:
a) conhecer as formas de utilização do mapa como um dos instrumentos que auxiliam no entendimento da disciplina de Geografia;
b) desenvolver a linguagem cartográfica através do processo de alfabetização cartográfica.

O evento atingiu os objetivos esperados, uma vez que as alunas participaram ativamente durante as práticas, demonstrando interesse e curiosidade sobre os temas abordados.

Fotos de alguns momentos da Oficina

Professora Raquel ministrando o curso
Prof. Raquel ministrando o curso
Alunas trabalhando com atlas
Alunas trabalhando com atlas
Professora Raquel e o manuseio de mapas
Prof. Raquel e o manuseio de mapas
Maquete construída pelo grupo 3
Maquete construída pelo grupo 3   

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Municípios não informam corretamente como gastam dinheiro da educação

                        Por Suellen Smosinski 

Nas contas dos municípios – pelo menos no que se refere à educação – o detalhamento dos gastos é colocado de lado e as prestações de contas são mais relatórios que vão cumprir a burocracia que instrumento de gestão e planejamento. Essa é uma das conclusões que se pode tirar do estudo Perfil dos Gastos Educacionais nos Municípios Brasileiros, realizado pela Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).

“Não dá para dizer que uma criança de educação infantil custa R$ 3,75 por ano, como fez uma prefeitura”, afirmou Cleuza Repulho, presidente da Undime. Numa prestação de contas no sistema federal de controle de gastos (o Siope - Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação), um secretário municipal informou esse valor.

Segundo o relatório da Undime, “não há controle prático sobre os gastos que efetivamente são registrados nos balanços contábeis como realizados para manutenção e desenvolvimento da educação”. Para se ter uma ideia, os municípios foram responsáveis por 39,1% das verbas investida no setor em 2009, contra 19,7% da União segundo um estudo publicado pelo Ipea no final do ano passado.
Por determinação constitucional, os municípios são obrigados a aplicar pelo menos 25% da arrecadação de impostos e transferências em educação.

 Erro

A tentativa (frustrada) de levantar o perfil dos gastos educacionais dos municípios brasileiros fez a Undime perceber que muitas secretarias não informam corretamente os valores ao Siope e, portanto, ao MEC (Ministério da Educação). Os formulários deveriam ser preenchidos pelos secretários municipais de educação de cada cidade, mas o estudo concluiu que, muitas vezes, essa atividade é terceirizada para escritórios de contabilidade.

Não haveria problema se os gestores mantivessem controle sobre quanto e como é gasto o orçamento da educação. Com isso, os dados oficiais sobre os investimentos em educação acabam distorcidos. A situação fica mais delicada no contexto da tramitação do PNE (Plano Nacional de Educação) na Câmara dos Deputados, em que uma das principais disputas é justamente o percentual do PIB investido na área.

Diante das inconsistências observadas no sistema federal, a Undime entrou em contato com prefeituras de mil municípios para realizar um estudo próprio, porém, muitas delas não responderam ao questionário ou apresentaram dados imprecisos. A região Norte, por exemplo, ficou de fora da estimativa sobre gastos por aluno com creche e EJA (Educação de Jovens e Adultos) e o Estado do Amapá não teve nenhum questionário respondido. O estudo final contou com apenas 224 municípios, o que representa 22,4% da amostra inicial.

Para a presidente da Undime, “os prefeitos devem ter nos secretários de educação um parceiro que saiba gerir as verbas de acordo com a necessidade do município”. Ela também afirma que o problema principal não é gestão e sim a falta de recursos. “Quando a gente consegue concentrar dinheiro e esforços faz toda a diferença para a qualidade da educação”, disse. 

Gastos por aluno

Com os dados disponíveis, a Undime concluiu que o Nordeste gasta 4,4 vezes menos que o Sudeste por aluno na creche. Já, no ensino fundamental, a primeira região gasta pelo menos duas vezes menos que a segunda. “Nenhuma criança pode ter a sorte ou o azar de nascer em um local onde o gestor seja mais ou menos comprometido com a educação”, afirmou Cleuza sobre as desigualdades apontadas no estudo.

Estimativa de valor por aluno das redes municipais por Região (ano de 2009)


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Vejam o caso de indisciplina escolar ocorrido em uma escola de Maringá

Relato do professor Valdecir Barboza

Sou físico, professor e vice-diretor de um colégio estadual de Maringá. Estou eu dando aula para uma turma de segundo ano. Era 21/6/11 e, talvez. "pela entrada do inverno", resolveu também ir à aula uma daquelas "alunas turistas", que aparecem vez por outra "para fazer um social". Para rever os conhecidos. Por três vezes tive que pedir licença à mocinha para poder explicar o conteúdo que abordávamos. Parece que estão fazendo um favor em nos permitir um espaço de fala. Eis que após insistentes pedidos, estando eu no meio de uma explicação que necessitava de bastante atenção de todos, toca o celular da aluna, interrompendo todo um processo de desenvolvimento e uma idéia e prejudicando o andamento da aula. mudei o tom do pedido e aconselhei aquela menina que, se o objetivo dela não era o de estudar, então que procurasse outro local, que fizesse um curso à distância ou coisa do gênero, pois ali naquela sala estavam pessoas que queriam aprender e que o colégio era um local aonde se vai para estudar. Então, a "estudante" quis argumentar, quando falei que não discutiria mais com ela. Neste momento tocou o sinal e fui para a troca de turma. A menina resolveu ir embora e desceu as escadas chorando por ter sido repreendida na frente de colegas. De casa sua mãe ligou para a a escola e falou com o vice-diretor da noite, relatando que tinha conhecidos influentes em Porto Alegre e que aquilo não iria ficar assim. Em nenhum momento procurou escutar a minha versão nem mesmo para dizer, se fosse o caso, que minha postura teria sido errada. Tampouco procurou a diretoria da escola. Qual passo dado pela mãe? Polícia Civi!... Isso mesmo!... Tive que comparecer no dia 13/7/11 na delegacia de polícia, para prestar esclarecimentos por ter constrangido("?") uma adolescente de 17 anos, que muito pouco frequenta as aulas e quando o faz é para importunar seus colegas e professores. A que ponto que chegamos? Isso é um desabafo!...
 Fonte: Cópia retirada na íntegra do jornal "O Diário" - 05/02/2012 p. A2

Reflexões
Que inquietações esta ocorrência provoca nos pais e mães de alunos, colegas de magistério, docentes ou gestores?

Quais lições as famílias e a escola podem extrair desta ocorrência?

Que medidas educativas podem ser tomadas nos lares e na escola após as ocorrências de indisciplina de seus alunos?

Que trabalho preventivo pode ser desenvolvido em sala de aulas e nas instituições de ensino, envolvendo as famílias dos educandos e a comunidade, com a finalidade de: valorizar a apropriação do conhecimento; o papel da escola; reconhecer os educadores como sendo um dos aliados mais próximos, e que muito podem contribuir para a formação de valores éticos nas crianças e adolescentes deste país?

Qual a responsabilidade e o papel da imprensa diante da divulgação deste fato?

Se a imprensa publica apenas uma visão de um ocorrido, certamente deixará de cumprir principalmente, sua função social.

Como a imprensa poderia também explorar este fato, com a intenção de mostrar à sociedade o seu papel social?
 
NOTA: Nos próximos dias estaremos publicando algo mais relacionado a esta discussão. Também sou professora. Exerci a função de Orientadora Educacional em uma escola pública de Maringá durante 23 anos. O problema da indisciplina na escola é seríssimo. Compromete além da aprendizagem dos alunos, a segurança de toda a comunidade escolar.

Maria Simões de Brito