Por Maria Simões de Brito
Em 1880, surgem as primeiras leis que estabelecem as bases da escola pública, obrigatória, laica e gratuita.
Conforme Barbosa (1990, p. 16), com a escola republicana nasce a concepção de alfabetização que herdamos. O que denominamos atualmente de processo de alfabetização compreende o ensino coletivo e simultâneo da leitura e da escrita. No entanto, antes do surgimento da escola pública, leitura e escrita eram consideradas como atividades distintas e individualizadas, apenas as famílias de maior poder aquisitivo pagavam preceptores para ensinar seus filhos.
As crianças demoravam até quatro anos para aprenderem a ler, só então passavam ao aprendizado da escrita. Havia nesse tempo, alguns mestres que se especializam no ensino da escrita, outros da leitura e ainda os ensinavam só a contar, que compreendia os rudimentos matemáticos; o que atualmente poderíamos denominar de alfabetização matemática.
Outro fato curioso é que a pena de aço foi inventada em 1830, quando o ato de escrever representava uma imensa dificuldade. A escrita era realizada com uma pena de ganso, como se não bastasse, as letras eram cheias de arabescos, o que tornava a escrita uma habilidade artísticas e complicada.
Nessa época, da Holanda veio o uso do quadro de giz.
Em 1818, na França, foi publicado o Guia de Ensino Mutual, que orientava o ensino simultâneo da leitura e da escrita. Esse foi o primeiro material produzido sobre o ensino dessas habilidades.
De 1810 a 1833, surgem na França, centenas de Escolas Normais, com o objetivo de formar o novo professor de alfabetização.
Para saber mais leia:
BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e leitura. São Paulo: Cortez, 1990.
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