Um estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) revela que quase 36% (35,7%) dos brasileiros acreditam que a educação tem a finalidade de formar bons cidadãos. A informação faz parte do terceiro caderno do Relatório de Desenvolvimento Humano Brasileiro 2009/2010.
O documento, divulgado este mês, apresenta políticas de valor nas áreas de família, escolas e trabalho, ou seja, traz propostas do que o cidadão pode fazer nesses âmbitos para um cotidiano melhor. Segundo Flávio Comim, economista do Pnud Brasil e coordenador do estudo, o relatório deve ser encaminhado a universidades e órgãos do governo para estimular uma discussão aberta sobre os aspectos levantados.No setor da educação, o levantamento perguntou aos alunos, famílias e professores qual a finalidade do estudo. Para 30,5% dos entrevistados, a educação é importante para conseguir um emprego. Já 23,3% das pessoas acreditam que os estudos formam uma boa pessoa; e 10,5% acreditam que a educação é importante para uma boa vida.
“A educação é uma variável com poder de transformação social, então perguntamos para cada um desses grupos [alunos, famílias e professores] qual a finalidade da educação. Se apenas para conseguir um emprego, ou se contribui para o desenvolvimento do cidadão”, explica Comim.
Espaço atrativo nas escolas
O relatório utiliza a percepção da população para apontar medidas que melhorem as vivências nas escolas. De acordo com coordenador do estudo, entre os caminhos sugeridos estão a melhoria no espaço físico das escolas, para favorecer a experiência coletiva entre os estudantes.
“O material traz práticas, orientações de como a família pode contribuir para reduzir a violência e melhorar a relação com a escola. Uma das soluções propostas é organizar tempos e espaços para permitir que os pais estejam mais presentes e envolvidos na rotina dos filhos. A família é fundamental para o desempenho das crianças na escola”, diz o economista.
Para promover melhores relações e resultados nas escolas, o relatório propõe medidas simples, como chamadas pelo nome, atividades esportivas e jogos cooperativos. “Tudo isso resgata a inclusão, a diversão e desperta o interesse do aluno pelo ambiente escolar. Estamos abrindo caminhos, apontando soluções. Cabe a nós informar”, afirma.
Com informações do G1
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