quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Escolas são principais alvos de vândalos em Maringá; ataques aumentam nas férias
Por Carla Guedes
Creches e escolas municipais são os prédios públicos mais visados por vândalos em Maringá. De janeiro a novembro do ano passado, os guardas municipais foram chamados para atender 37 ocorrências de vandalismo em patrimônios públicos. Creches e escolas somam 24 ocorrências.
Os relatórios mostram que os atos de depredação são mais frequentes no período de férias escolares, quando policiais e guardas entram em férias e apenas é feito o patrulhamento nas proximidades. Em julho, por exemplo, seis dos sete registros de vandalismo atendidos pela Guarda Municipal foram em creches e escolas municipais.
A Escola Municipal Professora Piveni Piassi Moraes, no Parque das Palmeiras, teve o vidro quebrado em 14 de julho. Uma semana antes, a creche Afonso Vidal Cezar, na Vila Morangueira, foi arrombada e furtada. Em outubro, foram depredados bebedouros e janelas da cozinha da creche Nilza de Oliveira Pipino, no Ney Braga. E em 8 de novembro, duas pedras foram arremessadas na Escola Municipal Ângela Virgínia Borin.
Vigilância
A maioria das escolas têm alarme, mas isso não tem inibido ações criminosas. "Temos uma escola que, mesmo com o alarme, precisa de vigilância do guarda", diz Paulo Mantovani, diretor de Defesa Social do município.
Outra tentativa de prevenção a ataques é que a Guarda Municipal, além de patrulhar a entrada e saída de alunos de todas as creches e escolas municipais, também faz palestras para os estudantes. Segundo Mantovani, os agentes municipais mantém diálogo frequente com diretores e coordenadores. das escolas para identificar os problemas enfrentados.
O capitão Luiz Carlos Martins da Silva, comandante da 3ª Companhia do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária e do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, diz que é registrado, em média, um caso de vandalismo por semana nas escolas estaduais em Maringá. "O problema mais grave está nas escolas da periferia."
Segundo ele, são os próprios alunos que danificam a estrutura dos colégios. "São estudantes que têm problemas com a escola, que foram expulsos e que são revoltados com professores e notas baixas".
Aproximação
Para o capitão, uma saída seria estreitar os laços da escola com a comunidade. "Os diretores precisam ter contato com a população". A Patrulha Escolar conta com 75 PMs para atender os municípios da região de Maringá. Os policiais fiscalizam entrada e saída dos alunos, fazem reuniões com diretores e palestras para pais de estudantes. Durante as férias escolares, os policiais saem de férias e o fiscalização da área é feita pelos plantonistas.
o número 3901-2222 é o fone da Guarda Municipal para denunciar depredações e furtos em prédios públicos.
Outro lado
Até o ano de 2007, a Prefeitura de Maringá gastava, em média, R$ 1,4 milhão por ano para recuperar os danos causados por vandalismo, furtos e roubos em prédios públicos. Em três anos de ação da Guarda Municipal, o valor caiu para R$ 85,5 mil em 2010 – economia de 92,5% se comprado com três anos atrás. De acordo com registros da Defesa Social do município, em 2007, foram registradas 52 ocorrências de depredações em prédios públicos. Em 2010 – até novembro, segundo dados mais recentes disponíveis – foram 37. "Eles estragam portões, quebram vidros, fazem pichações, mas as ações estão ficando menos frequentes porque a guarda está fiscalizando", diz Paulo Mantovani, gerente da Defesa Social.
fonte: O diário Online
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